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A Canção da Fraternidade

  • 31 de mai.
  • 2 min de leitura
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Por Adriana Costa Reis

 

Chão ressequido, mundo em pedaços,

Ecos de guerra, temor e rancor.

Homem perdido entre cinzas e passos,

No rastro infinito de fogo e terror. 


Feridas abertas na pele do tempo,

Vidas ceifadas sem causa ou razão.

Vento da dor se espalha ao relento,

Sufoca os que choram sem ter direção. 


Nasce um alento em meio ao conflito,

Na voz dos que clamam por reconciliação.

Um gesto estendido silencia o grito

E rompe as correntes da escuridão.


O pão repartido refaz as raízes,

Na mesa estendida, a dor se desfaz.

Mãos que se unem e fazem as pazes,

No cálice brilha a luz que nos traz.


O amor não é frágil, tampouco distante,

É chama que arde em quem sabe doar.

Se nasce pequeno, floresce gigante,

E muda o mundo ao se semear.


Quando as dores se tornarem memória,

E um ao outro se chamarem de irmão,

O amor será nossa maior vitória

E a paz brilhará como eterna canção. 



Nota da Autora


O poema “A Canção da Fraternidade”, premiado e publicado na coletânea Poemas de Amor para Curar o Mundo, apresenta uma reflexão sobre a devastação provocada pela guerra e as marcas deixadas pela dor. Ao reunir imagens de destruição, revela a fragilidade humana diante de um mundo em ruínas e de vínculos rompidos. A esperança surge como possibilidade real de transformação. Um simples gesto de reconciliação torna-se capaz de interromper o ciclo da violência e abrir espaço para a cura. Cada estrofe aponta para a importância do encontro e da construção da paz. O poema indica que a verdadeira força está justamente na capacidade de estender a mão ao outro. A partilha, simbolizada pelo pão e pela mesa comum, resgata a dignidade ferida e renova a confiança. É nessa interação humana que a dor encontra sua via de restauração. Oferece ao leitor um caminho possível entre ruínas e recomeços. Mais do que um canto sobre fraternidade, é um convite à transformação que nasce da empatia.


Graça e paz a todos!


Adriana Costa Reis




 
 
 

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"6 Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.

7 Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios.

8 Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Paz esteja em ti.

9 Por causa da casa do Senhor nosso Deus, buscarei o teu bem."
Salmo 122

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