top of page

Tempo Perdido

  • 23 de abr.
  • 1 min de leitura

ree

 
Perdi meus dias no percurso,
Pensando ter muito a ganhar.
Fiz do temor meu recurso,
Deixei a vida passar.

 O relógio marcou o vazio,
Promessas que não cumpri.
Nos meus olhos, um mar tão frio,
De sonhos que nunca vi.

O que resta senão o pranto
Do tempo que não usei?
Um lamento que é espanto,
Do que nunca encontrei.

As horas viraram poeira,
Guardadas dentro de mim.
Minha voz, fraca e alheia,
Se cala ao ver o fim.

Agora o silêncio responde,
Sussurra o que eu não quis ver.
No passado o que se esconde
É tudo que eu podia ser.


Escrevi este poema especialmente para a Antologia Sobre o Tempo – Volume V, e talvez ele seja um pouco íntimo: “Perdi meus dias no percurso”. O poema nasceu do silêncio daqueles instantes em que nos damos conta de que o tempo não espera. É uma reflexão sobre ausências: do que não vivemos, do que adiamos por medo, do que deixamos escapar acreditando que haveria tempo depois. Fala do vazio que o relógio deixa quando, ao olhar para trás, percebemos que o que nos faltou não foi oportunidade, mas coragem. É um alerta suave — porque o tempo pode até ser generoso, mas nunca é infinito.

Que a graça, a paz e o tempo encham a vida vocês.

Carinhosamente, Adriana Costa Reis.


ISBN: 978-65-01-32-309-1
ISBN: 978-65-01-32-309-1
Certificado de Participação
Certificado de Participação

 
 
 

Comentários


Todos os Direitos Reservados ® Adriana Costa Reis
 

"6 Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.

7 Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios.

8 Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Paz esteja em ti.

9 Por causa da casa do Senhor nosso Deus, buscarei o teu bem."
Salmo 122

bottom of page