Versos Natalinos
- 18 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de set.

Versos Natalinos
Sinos ressoam na noite estrelada,
Um véu de ternura envolve o lar.
O vento sussurra em voz encantada,
Promessas de um tempo a se renovar.
A mesa se enfeita com luz e carinho,
Histórias se encontram em doce refrão.
Na prece se aquieta o velho caminho,
E a vida renasce no coração.
Brilham as velas com chama serena,
Em cada centelha, um sonho a brilhar.
A paz se anuncia na voz cristalina,
Que nasce no mundo pra nos ensinar.
Um menino pequeno em berço de palha,
Ressoa tão leve a promessa de paz.
Seu nome é amor, e no mundo ele espalha,
A luz que o tempo jamais desfaz.
No presépio singelo, tão simples e puro,
Revela-se o amor, o maior presente.
Luz que perfura o mais denso escuro,
E acolhe os pequenos de coração contente.
Que o Natal nos traga o dom da bondade,
Nos braços da noite, a fé nos conduz.
E, mesmo na sombra, renasça a verdade:
Somos feitos de amor, de esperança e de luz.
Que o Natal renove o olhar do homem,
Que a estrela nos guie por longo caminho.
Pois enquanto os sonhos na alma florescem,
Nunca estaremos, no mundo, sozinhos.
Que as mãos se encontrem em gesto sincero.
Que o Natal, que é luz, seja um milagre vivido.
Nota da Autora
Escrevi este poema, livre, para a Antologia Contos, Poesias e Cartas de Natal, com o título: Versos Natalinos. É um convite à contemplação da essência do Natal. Com ritmo sereno e imagens delicadas, ele percorre a simbologia da noite festiva: os sinos que anunciam a celebração, a mesa que acolhe histórias, as velas que iluminam sonhos e, sobretudo, o presépio que revela a simplicidade de um amor que transcende o tempo.
Cada estrofe funciona como uma cena, quase como um vitral iluminado pela fé. O menino deitado no berço de palha não é apenas a memória do nascimento de Cristo, mas o arquétipo da promessa de paz que se renova a cada dezembro. Sua presença é traduzida em amor, bondade e luz, valores que o poema pretende reacender no coração humano.
A força dos versos está justamente na sua universalidade: não se trata apenas de uma celebração religiosa, mas de um chamado para que as mãos se encontrem em gestos sinceros, para que a humanidade redescubra a esperança e a solidariedade. A poesia evoca um Natal que vai além das tradições externas, penetrando no íntimo da alma, onde sonhos florescem e onde jamais estamos sozinhos. Assim, Versos Natalinos é mais que um poema temático: é uma oração em forma de arte, um reflexo do desejo profundo de que cada palavra se transforme em gesto, de que a fé se torne caminho e de que o amor se faça presença concreta no cotidiano. Nele, a poesia recorda que a vida se renova sempre que escolhemos a bondade, e que a esperança é a centelha capaz de manter acesa a luz que jamais se desfaz.
Graça, paz e feliz Natal a todos!
Que seja um tempo de paz verdadeira, encontros sinceros e renovação de esperança.
Carinhosamente, Adriana Costa Reis.





Comentários